quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Era da Informação e do Conhecimento

O acelerado processo de transformação imposto a sociedade nas últimas décadas deixa evidente que “Tanto no cenário mundial quanto no do Brasil, vive-se uma palavra de ordem que cerca, impulsiona, agride e até sufoca o indivíduo. Esta palavra é MUDANÇA. Vivencia-se uma nova ordem que tem suas bases nas mudanças paradigmáticas (...) do ponto de vista social, econômico, cultural, político, tecnológico...” (Borges: 2000; 25).

Essa mudança que ocorre no dia a dia das pessoas, das organizações e da própria sociedade é o marco de uma transformação maior, é a mudança da Sociedade Industrial para a Sociedade da Informação e do Conhecimento. Um marco histórico imponente não apenas por exigir um esforço concentrado no gerenciamento de informações complexas e caóticas, mas, sobretudo, por exigir que estas informações se transformem em conhecimento, fluam dentro das organizações, possibilitem a leitura dos ambientes e, conseqüentemente, forneçam as bases para a tomada de decisão e para a geração de novas competências.

Posicionar-se diante de uma mudança tão acelerada, conhecer o ambiente interno pelo uso da Gestão do Conhecimento, relacionar-se com o ambiente externo e selecionar as informações necessárias (tangíveis e/ou intangíveis) para a tomada de decisão, por é um dos mais complexos desafios da atualidade, até porque “O mundo virtual fez profundas alterações, principalmente nas concepções de espaço e tempo. Não há mais distância, território, domínio e espera: vive-se o aqui e o agora. O virtual usa novos espaços, novas velocidades, sempre problematizando e reinventando o mundo. A virtualidade leva também a passagem do interior ao exterior, e do exterior ao interior – os limites não mais existentes e há um compartilhamento de tudo. Os dois bens primordiais do ponto de vista econômico com características próprias e diferenciadas dos outros bens são a informação e o conhecimento, pois o seu uso não faz com que acabem ou sejam consumidos” (Borges: 2000; 28).

Nesse sentido a Gestão do Conhecimento, e no seu âmago, o próprio conhecimento torna-se o principal (e mais moderno) ativo para a tomada de decisões, mas para isso não basta apenas unir a informação à tecnologia, faz-se necessário trabalhar eficientemente o fluxo do conhecimento e a relevância deste para um melhor posicionamento estratégico diante dos desafios internos e da ávida concorrência externa.

Compreender o contexto em que o mundo se transforma, como ocorre a adaptação da sociedade as novas tecnologias (cada vez mais inovadoras e revolucionárias), os benefícios da aceleração dos processos proporcionados, principalmente, pelos meios de transmissão de informação e conhecimento e como isto afeta o dia-a-dia dos tomadores de decisão em uma organização é um desafio diário. Não se trata apenas de uma evolução, mas de uma revolução no modo de fazer as coisas, na maneira de pensar ou de construir o arcabouço teórico que proporcione a melhoria da qualidade de vida da sociedade e das organizações.

Cabe observar que não apenas a informação é importante, mas também observar como deve ser a Gestão do Conhecimento e como esta gestão pode agir para a melhoria da performance da organização, já que “As entidades responsáveis pela tomada de decisões na empresa e as suas divisões operacionais necessitam de uma coesão forte perante um ambiente competitivo onde, muitas vezes, o não investimento tem custos superiores ao investimento” (Gouveia: 2000; 02).

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